terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Reengenharia consciencial"

Desvinculamo-nos muito facilmente hoje em dia de nossa dimensão amorosa, da compaixão que deveria ser inerente em cada movimento em direção ao Outro, da solidariedade que sempre precisaria nos acompanhar de mãos dadas com aos nossos gestos de perdão. A superação dessa falta em nós passa pela nossa elevação espiritual e psíquica. Salto qualitativo numa espécie de “reengenharia consciencial” plena na visão holística da realidade.

As pessoas de um modo geral querem, a ferro e fogo, rotular e classificar tudo, fragmentar a realidade vivida num verdadeiro tributo á falta interior que possuem. A falta de unicidade e esfericidade em relação ao mundo e às pessoas. Os enfoques da modernidade são sempre reducionistas e organicistas. A lacuna criada nessa premissa abraçaria uma profunda sabedoria (que não se confunde aqui com erudição que, de resto, é sempre uma premissa do ego separador e enganador), autêntico amor e entrelaçamento de valores humanos no chamado “tecido humanista”.

Por vezes (pasmem!), meus escritos postos por aqui neste espaço do “facebook” tão aberto e de paz, sofrem ataques e repressões racionalistas e tecnicistas. Compreendo isso como sendo uma projeção de medo frente a algo inusitado: FALAR E ESCREVER SOBRE O AMOR FRATERNO EM TODOS OS POSSÍVEIS, ACERCA DA PROFUNDIDADE ESPIRITUAL E PSÍQUICA, TORNOU-SE AMEDONTRADOR A MUITAS PESSOAS. O normal hoje em dia é estar na superfície de tudo, na pasteurização e homogeneização do não-sentir, da não-manifestação da sensibilidade.

Poesia, canto, luz, fraternidade, amor autêntico, solidariedade ao próximo, encontro consigo mesmo, reencontro com o Outro, na “Outridade”, presença divina na alma e no coração... Todos estes estados d’alma parecem esquecidos na noite dos tempos. Então que despertemos a aurora disso tudo me nossas vidas na certeza de dias vindouros melhores. Em alegria e paz!
 
 

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