quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pensamentos - 01


Em tudo que escrevo dirijo-me às pessoas na alma delas, à psique, ao espírito. Não falo de alguém especificamente, não descrevo situações pontuais, mas situações gerais nas quais possamos estabelecer um diálogo intenso e frutífero daquilo que quero partilhar. Meus textos são uma partilha, apenas. Um estímulo ao autoconhecimento de cada um de nós, pois sempre podemos discutir e debater as questões das relações humanas. E não desejo que se faça isso a nível acadêmico ou algo assim. Podemos falar como bem desejar por aqui. Somos livres para isso. Qualquer pensamento construído produz forma em algum nível de nossas relações interpessoais. Qualquer palavra dita por quem quer que seja produz interesse em interagir. Eu desejo mesmo é poder realizar sempre essa troca frutífera e maravilhosa com você das nossas percepções, das nossas ideias, das sensações que nos vêem à alma e a coração.

Contemplar a completude do ser no seu mais íntimo. Nada de futilidades e superficialidades destrutivas ou que nada constroem ao nosso ser bem humano, demasiadamente humano, como costumo me referir às pessoas em geral. Não somos coisas, objetos. Somos seres humanos, minha gente amada, gente linda! Humanizemo-nos, pois! Corro sempre o risco de desagradar às pessoas que estão apegadas à polaridade tão natural em nosso meio de viver. Atenho-me a aspectos espirituais e psíquicos, mas sem ser técnico ou acadêmico, afinal, minha formação não é em psicologia e mesmo que o fosse eu jamais me dirigiria a você de forma técnica. Prefiro lhe dizer que construo pontes e estradas de fraternidade. Esses caminhos que nos levem mutuamente ao coração um do outro, à casa de nossa alma no mais profundo de nós mesmos. Como disse certa feita a uma grande e maravilhosa amiga que tenho: olhar você, amada Mulher linda, do profundo de meu coração ao profundo do teu coração.

As coisas que escrevo, como diz meu amigo Raimundo Carrero, escritor aqui de Pernambuco, são como que “leseiras” sem muita importância. “Leseiras” que não devem ser tomadas como uma espécie de panacéia, ou seja, a resolução mágica dos problemas das pessoas. Mesmo porque minha intenção aqui não é indicar a ninguém caminhos, mas conhecer a fundo as pessoas naquilo que elas pensam. E somente se pode fazer isso, creio eu, escrevendo ou falando a quem de direito aquilo que nos vem do íntimo de nós. Assim, dessa forma, eu poderei saber com quem lido, como as pessoas reagem nas mais variadas situações, como são suas ações e percepções do mundo e de tudo que a cerca, enfim, poderei adentrar mundos interiores e mapeá-los como um todo, pois de “fachada” já estamos todos cansados, não é assim?! O mundo aí fora vive uma “fachada” comportamental, na superfície de tudo, nas besteiras e futilidades que são proferidas como se fosse algo do outro mundo, nas tentativas de se “reinventar a roda”, de se “recriar o fogo”, por assim dizer. Eu não desejo nada disso. Quero apenas partilhar contigo o que penso e sinto. Caso você tenha interesse em interagir comigo isso será maravilhoso; caso contrário, não haverá nada a fazer neste sentido. Seguiremos incólumes nossos caminhos de vida e sempre estarei aberto a você e disposto a atravessar nossa ponte da amizade se assim chamado a fazê-lo.

Ao longo de meus textos eu contesto paradigmas dominantes em nosso modo de ser e de viver. Mas longe de mim indicar com isso o que seria certo ou errado de se fazer na vida de cada um. Jamais! Já escrevi por aqui que não existem caminhos certos ou errados, modos de vida corretos ou inadequados, pois cada experienciação humana nos diz algo de transpessoal e holístico, de holos, esférico, ou seja, algo que pode e deve ser aproveitado por cada um de nós nos outros para aprender aquilo que jamais enxergaríamos pelos nossos paradigmas. Cada ser nos ensina algo importante ao fundo de suas almas.

Estou sempre sujeito a críticas fortes em tudo que falo e escrevo às pessoas. Considero isso normal. Contudo, libero sempre as pessoas para fazê-lo lembrando sempre que, independente daquilo que aqui for escrito ou dito, eu continuarei a escrever e a falar aquilo que penso e sinto, pois sou muito bem ancorado em meus propósitos de vida. Sei muito bem o que quero e o que não quero em meus projetos de vida. Sei o que devo fazer de forma celebrativa e gratificante às pessoas. O que faço é partilhar o “pão” de meu sentir e de meu pensar com as pessoas que estão sentadas à mesa desse banquete espiritual e psíquico que nos servimos quase que diariamente. Se você vai comer desse “pão” ou não é uma questão sua. Caso não deseje o pão doado com amor e ternura partilhe-o então com quem deseja comê-lo, sim?!

Há sempre por aqui rejeições e incompreensões as mais diversas. Até mesmo a preguiça de ler os textos que, de resto, sempre podem ser impressos e lidos com mais vagar num cantinho da sala, sob o abajur, no cantinho do quarto de dormir para ir sonhar e refletir sobre o que foi partilhado, não seria assim desse jeito?! Cada um faz o que bem entende com as letras. Elas estão aí, gente amada, gente linda. Mas eu compreendo muito bem esse comportamento que passa, invariavelmente, pelo ego separador e enganador. Compreendo e acolho essas pessoas do mesmo jeito e com o mesmo amor de quem acolhe aqueles que nos são caros e queridos. Assim estarei mostrando a outra face de um comportamento que tão comum hoje em dia entre as pessoas, qual seja, o de rejeitar e “coisificar” as outras em redor caso elas não atendam nossas necessidades egóicas e egoísticas de atenção. Minha intenção não é a de estabelecer por aqui polêmicas nem afrontar as concepções dominantes de cada pessoa que conheço, mas unicamente estimular uma reflexão sincera, autêntica e honesta de tudo que possamos pensar e sentir um ao outro. Abrir nossos mundos e clarificá-los para muito além do horizonte conhecido. Abordo você de modo libertário e curativo, sabia?! Libertário, SIM, pois você não é obrigada a ler nada do que lhe escrevo estando sempre à vontade para solicitar de mim sua exclusão da listagem de contatos; curativa, pois você me serve, assim como eu a você, como espelho psíquico um ao outro promovendo cura mútua sem nem sabermos disso direito em seus mecanismos mais interiores, mas sabendo que nos trará um pouco de paz e quietude à alma, ao coração. Sinto-me tão bem quando lhe escrevo, sabia?! E sinto-me melhor ainda quando você responde nem que seja um simples “oi”! Não precisa ser você uma Ph.D em lingüística ou algo parecido a isso. Não! Basta que você seja você mesma. Já estarei muito feliz com isso.

Friso mais uma vez que busco amizades e fraternidades as mais diversas por aqui, bem como no mundo real. Caminho pelos dois mundos no entrelaçamento dos mesmos nas suas diversas nuances. Não há diferenciações básicas entre esses mundos. A “internet”, como sempre digo a todos, é apenas e unicamente apenas uma ferramenta à qual me utilizo da melhor forma possível para atingir meus fins, quais seja, o de conhecer cada vez mais o ser humano em seu âmago, em sua essência. Busco com sinceridade e dedicação avançar na construção dessas que chamo de “pontes de amizade” entre mundos, entre corações. Experimentar amor fraterno, alegria, felicidade e paz. Há sempre boa vontade em acolher as pessoas em meu mundo fraterno. Não as rejeito em nada mesmo aquelas que se mostram francamente destrutivas e agressivas. Considero que estas é que precisam muito mais de meu amor e de meu acolhimento terno e afetuoso, pois no fundo, no fundo, sofrem muito por um dilaceramento interior que as faz ferir as pessoas, pois se sentem já feridas interiormente. Perdidas pelo tributo à falta e ao desamor interno e externo, passam a ferir as pessoas “gritando” a todos por amor, apenas amor. Querem ser amadas, mas sabem como fazê-lo e passam a considerar que ninguém as deseja em amor. Esquecem que elas próprias é que possuem este amor, têm este amor e podem doar este mesmo amor aos outros. Como exigir dos outros aquilo que não temos dentro de nós, não é assim?! Procuro clarificar de algum modo isso a estas pessoas tão sofridas.

Incrível que as pessoas se ferem em nome do amor, sabia?! Na base de tudo isso está o julgar, o julgamento cruel que se faz de tudo e de todos. Mesmo que inconscientemente, julga-se a todo instante. Será que se buscarmos a compreensão ao contrário do julgamento, não poderíamos estar mais em paz e harmonia com as pessoas?! Teríamos mais quietude e gozo pleno da vida junto às pessoas na convivência diária que haveremos de ter. Há caminhos curativos para os nossos relacionamentos quaisquer que sejam os mesmos. Quando partilho esse texto e outros tantos, por exemplo, com você eu estou dando uma pequena e humilde mostra que as coisas podem e devem ser diferentes no trato humano. Naturalmente essa aqui é a minha visão e você pode ter a sua. Ótimo isso! Aprenderemos juntos como nos tratar de modo humano e não como robôs que se cumprimentam friamente, como máquinas sem sentimentos. Não uso pessoas, relaciono-me com seres humanos. Isso me traz felicidade e alegria, pois assim eu me torno esférico e uno a todos pelo Criador. Eis meu maior objetivo por aqui.

O oposto de enxergar as pessoas como objetos é poder vê-los como filhos e filhas de Deus, filhos e filhas da Luz. Assim me aproximo do Criador. Quando uso pessoas para meu gozo particular eu os vejo com os olhos do corpo. Ver com os olhos do coração pressupõe que eu os enxergue em união ao invés de separação; com amor no lugar do medo. O oposto da audição com os ouvidos do corpo é poder ouvir as pessoas por aí com os ouvidos amorosos. Assim poderei escutar bem o que cada um tem a me dizer. Vez por outra converso com um velho pescador no litoral norte aqui do Estado de Pernambuco, num trecho de praia meio deserto, com algumas cabanas e casas de pescadores. Ele me ensina muitas coisas que jamais eu aprenderia se estivesse à porta de uma grande universidade pelo mundo. Ensinou-me bastante sobre como respeitar as pessoas, de como humanizar as relações.

Finalmente, por vezes a voz de Deus parece bastante difícil de ser ouvida porque o nosso ego, que sempre fala pelo ser pequeno e separado, parece falar com muito mais razão, com muito mais eloqüência. Mas não precisa ser assim em nossas vidas. De fato isso significa uma inversão de valores dentro de nós mesmos. O Espírito Santo, ao contrário disso tudo, nos fala com uma clareza inconfundível e com um apelo irresistível. Ninguém que não escolhesse se identificar com o corpo apenas poderia ser surdo às Suas mensagens de liberação, luz e esperança. Não fiquemos com um miserável retrato de nós mesmos, sim?! Tenhamos a coragem de mergulhar em psicoatmosfera de alegria, felicidade, paz, quietude e muita luz, pois esse é o nosso merecimento maior na vida. Quando deixas que tua mente seja atraída para o que diz respeito ao corpo, por coisas que compras, por exemplo, por prestígio tal como é valorizado pelo mundo, estás pedindo a Deus infelicidade, pesar, tristeza, melancolia, amargura, desgosto, ansiedade etc. Invertendo isso tudo terás PAZ! Luz e paz em teus caminhos de vida é o que terás se procurares se desligar dessas coisas terrenas o mais que puderes. O que, senão os teus pensamentos de miséria e morte, obscurece a felicidade perfeita, o amor perfeito que podes viver com alguém, mergulha aos ínferos a vida eterna que é a vontade do Pai nosso Eterno.       



       

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